Enquanto o Papa visitava o país, diversos jovens foram às
ruas do Rio de Janeiro protestar. Outro
grupo munido com câmeras e celulares conectados a redes sociais, como o
Facebook, esteve lá para cobrir o acontecimento e manter informado quem não
pôde participar.
O Mídia Ninja (abreviação livre de Narrativas Independentes
Jornalismo e Ação) capta, de forma independente, pautas marcadas por uma maior
aproximação com a população. Um exemplo são as ondas de protestos iniciadas
pelos 20 centavos de aumento na passagem dos ônibus de São Paulo.
Em conversa com o grupo Ninja, por e-mail, pode se constatar
que a mídia nacional é vista por eles como intimamente ligada à publicidade,
servindo aos grandes interesses comerciais e controlada por poucas famílias.
Para eles, as grandes empresas de comunicação estão distante do público,
portanto são incapazes de atender as exigências da audiência.
E nisso que entra o jornalismo independente produzido pelos
Ninjas, como são chamados os integrantes do grupo. Para eles o papel da mídia
livre é contrastar aquilo publicado nos grandes veículos de comunicação com o
que é apresentado pelos independentes, pois os últimos estão isentos de
interesses publicitários. Eles trabalham também para mostrar como todos podem
ser criadores de conteúdo, informando os acontecimentos de sua região.
Mas não só da Mídia Ninja vive o cenário independente da
profissão. No país, temos a Pública, agência de reportagem investigativa. Como
o grupo anterior, as matérias são formuladas em cima das questões mais levantadas
pelo público, mostrando o ponto de vista da população.
Produzir notícias não é o único propósito da Agência
Pública. Semear, cultivar e espalhar o jornalismo investigativo independente é
um de seus objetivos. Para isso acontecer, o grupo aposta em programas de
ensino e bolsas de reportagem para os jovens jornalistas discutirem o universo
jornalístico, que, segundo eles, está em renovação.
Lucas Pooch de Quadros
Acadêmico do 6º semestre de jornalismo
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