segunda-feira, 6 de abril de 2015

O dia do jornalista será marcado com a votação da PEC do diploma



A manifestação feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) junto com os Sindicatos, no último dia 25, rendeu efeitos, já que no final daquela tarde, a bancada do PMDB decidiu pelo apoio a Proposta à emenda à Constituição (PEC) do diploma, e o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, anunciou a votação, que será amanhã, no dia do Jornalista.
Para marcar esse dia a FENAJ está organizando um novo ato pela aprovação da PEC do Diploma, que contará com o apoio de profissionais e estudantes. Alguns Sindicatos vão levar delegações, e com isso eles acreditam que terão pelo menos cem pessoas lá na Câmara dos Deputados para a manifestação.
Maria José Braga, Vice-presidente da FENAJ, nos explica que a regulamentação da profissão de jornalista vem de 1969, quando foi editado o Decreto-Lei nº 972/69, Exigindo a formação de nível superior em Jornalismo como regra de acesso à profissão.  Mas em 2006, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu uma tutela antecipada (como uma liminar) eliminando a exigência do diploma. Em 2009, o STF julgou e concedeu o Recurso Extraordinário que pedia o fim do diploma. Na mesma época, Gilmar Mendes, o então presidente do STF, comparou jornalista com cozinheiros. Naquela ocasião, afirmou o seguinte: "Se cozinheiro não precisa ter diploma, jornalista também não. Jornalista não mata ninguém, como o médico ou como o engenheiro". Desde então, vem essa luta para restabelecer a exigência, por meio da PEC do diploma.
Em nota, Maria José, afirmou: “Temos certeza de que a PEC do Diploma será aprovada, porque a tese da inconstitucionalidade é equivocada”. A proposta já passou pela aprovação do Senado, na Comissão de Constituição e Justiça e pela Comissão Especial que avaliou o mérito; faltando agora somente a aprovação em plenário.
A vice-presidente da Federação nacional ainda afirma: “Nós, da FENAJ e Sindicatos, somos defensores intransigentes da liberdade de expressão e afirmamos que a exigência do diploma não fere este direito constitucional, que é de todo cidadão e não apenas dos jornalistas. A regulamentação da profissão e a exigência do diploma asseguram a profissionalização e mais qualidade para a informação jornalística”. E conclui dizendo “Os acadêmicos que querem ajudar de alguma forma nesse ato que ocorrerá amanhã podem o fazer pressionando os deputados de seu Estado e de outros estados também, enviando e-mails pedindo a aprovação da PEC, e quem puder ir a Brasília, será também muito bem-vindo”.
A aprovação do diploma vem para valorizar a profissão e os profissionais. Com ela, não será mais necessário brigar para que os concursos públicos exijam o diploma e os contratos de trabalho serão destinados apenas aos jornalistas diplomados.


Henrique Dias, acadêmico do 1º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale.

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