Na noite de ontem (22), foi dada
a largada para a Sétima Festa Literária de Porto Alegre, conhecida carinhosamente
como FestiPoa. A pré-estreia aconteceu no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de
Cultura Mario Quintana e contou com a presença do escritor português Gonçalo M.
Tavares.
Ficou a cargo dos atores Deborah Finocchiaro e Thiago Pirajira apresentar, através de textos e poemas, a
história de cada um dos autores nacionais que farão parte da programação do
evento. Tudo acompanhado da trilha sonora improvisada pelo músico Ricardo
Pavão. Para começar, o principal homenageado, o contista pernambucano Marcelino
Freire. Vencedor do Prêmio Jabuti, de 2006, Freire sempre inspirou diretamente
a FestiPoa, principalmente com a criação da Balada Literária de São Paulo. “A
Balada, que está indo para a nona edição, é uma inspiração para a FestiPoa, um
modelo mais aproximado digamos assim. Bem no início foi um tipo de programação
a seguir, depois da segunda ou terceira edição a gente já procurou uma
característica mais local”, comentou Fernando Ramos, um dos organizadores da
FestiPoa.
Deborah Finocchiaro e Thiago Pirajira Foto: Carol de Góes |
Os demais autores que estarão presentes
na FestiPoa, que vai dos dias 19 a 25 de maio serão: Sérgio vaz, poeta mineiro
que vive em São Paulo desde os 5 anos de idade e é conhecido por agitar a cena
cultural na periferia; Miró de Muribeca,
poeta pernambucano que já atravessou o país lendo seus textos; Lourenço Mutarelli, autor paulista conhecido
pelo livro O Cheiro do Ralo, adaptado para o cinema por Heitor Dhalia; Paulo
Scott, poeta e escritor porto-alegrense radicado no Rio de Janeiro; Cíntia
Moscovich, contista gaúcha que será a anfitriã do evento e Fausto Fawcett,
escritor de ficção científica, que ficou conhecido como músico nos anos 80.
Maria Rezende lendo Gonçalo M. Tavares Foto: Carol de Góes |
Em seguida, a poeta Maria Rezende
subiu ao palco para ler um poema de Gonçalo M. Tavares, já presente na plateia.
Logo após um breve intervalo, o escritor Reginaldo Pujol Filho conduziu uma
conversa com Tavares, que falou sobre sua carreira como escritor, seus livros e
suas percepções acerca dos avanços tecnológicos em relação ao ser humano e a
literatura. Após ler trechos de seus contos, Tavares finalizou sua fala dizendo
que se sentia orgulhoso em meio a pessoas que ainda amavam os livros. Para
finalizar a noite, Tavares autografou o seu livro “Matteo Perdeu o Emprego”,
obra que está sendo lançada no Brasil pela Foz Editora.
Gonçalo M. Tavares (esquerda) e Reginaldo Pujol Filho Foto: Carol de Góes |
“Na programação uma coisa que se
tenta fazer é a informalidade, a visão de que a literatura não precisa ter
frescura nem formalismo para ser acessível”, destaca Fernando Ramos, que se
mostrou confiante com a proximidade de mais um evento cultural consolidado no
Rio Grande do Sul.
Giancarlo Couto
Acadêmico do 5º Semestre de Jornalismo
Giancarlo Couto
Acadêmico do 5º Semestre de Jornalismo
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