quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pré-estreia FestiPoa

Na noite de ontem (22), foi dada a largada para a Sétima Festa Literária de Porto Alegre, conhecida carinhosamente como FestiPoa. A pré-estreia aconteceu no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana e contou com a presença do escritor português Gonçalo M. Tavares.

Ficou a cargo dos atores Deborah Finocchiaro e Thiago Pirajira apresentar, através de textos e poemas, a história de cada um dos autores nacionais que farão parte da programação do evento. Tudo acompanhado da trilha sonora improvisada pelo músico Ricardo Pavão. Para começar, o principal homenageado, o contista pernambucano Marcelino Freire. Vencedor do Prêmio Jabuti, de 2006, Freire sempre inspirou diretamente a FestiPoa, principalmente com a criação da Balada Literária de São Paulo. “A Balada, que está indo para a nona edição, é uma inspiração para a FestiPoa, um modelo mais aproximado digamos assim. Bem no início foi um tipo de programação a seguir, depois da segunda ou terceira edição a gente já procurou uma característica mais local”, comentou Fernando Ramos, um dos organizadores da FestiPoa.

Deborah Finocchiaro e Thiago Pirajira Foto: Carol de Góes

Os demais autores que estarão presentes na FestiPoa, que vai dos dias 19 a 25 de maio serão: Sérgio vaz, poeta mineiro que vive em São Paulo desde os 5 anos de idade e é conhecido por agitar a cena cultural na periferia;  Miró de Muribeca, poeta pernambucano que já atravessou o país lendo seus textos;  Lourenço Mutarelli, autor paulista conhecido pelo livro O Cheiro do Ralo, adaptado para o cinema por Heitor Dhalia; Paulo Scott, poeta e escritor porto-alegrense radicado no Rio de Janeiro; Cíntia Moscovich, contista gaúcha que será a anfitriã do evento e Fausto Fawcett, escritor de ficção científica, que ficou conhecido como músico nos anos 80.

Maria Rezende lendo Gonçalo M. Tavares Foto: Carol de Góes

Em seguida, a poeta Maria Rezende subiu ao palco para ler um poema de Gonçalo M. Tavares, já presente na plateia. Logo após um breve intervalo, o escritor Reginaldo Pujol Filho conduziu uma conversa com Tavares, que falou sobre sua carreira como escritor, seus livros e suas percepções acerca dos avanços tecnológicos em relação ao ser humano e a literatura. Após ler trechos de seus contos, Tavares finalizou sua fala dizendo que se sentia orgulhoso em meio a pessoas que ainda amavam os livros. Para finalizar a noite, Tavares autografou o seu livro “Matteo Perdeu o Emprego”, obra que está sendo lançada no Brasil pela Foz Editora.


Gonçalo M. Tavares (esquerda) e Reginaldo Pujol Filho Foto: Carol de Góes

“Na programação uma coisa que se tenta fazer é a informalidade, a visão de que a literatura não precisa ter frescura nem formalismo para ser acessível”, destaca Fernando Ramos, que se mostrou confiante com a proximidade de mais um evento cultural consolidado no Rio Grande do Sul.


Giancarlo Couto
Acadêmico do 5º Semestre de Jornalismo

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