A segunda noite de palestra da
Semana Acadêmica de Comunicação abordou o tema “Assessoria de Imprensa para o
Mercado Cultural”. Ariela Dedigo, coordenadora de assessoria de imprensa da
Fundação Bienal de Artes Visuais da Mercosul falou sobre planejamento, rotina e
dos desafios de um assessor.
A palestra que foi mediada pelo
professor Marcos Santuario, foi realizada na noite de terça-feira, dia 07, no
auditório do prédio Branco que ficou lotado de acadêmicos dos cursos de Jornalismo,
Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.
Ariela que é Bacharel em Comunicação Social - Habilitação
em Jornalismo (2008/2) e Pós-graduada em Jornalismo e Convergência de Mídias
pela Universidade Feevale, compartilhou conselhos e experiências do mercado, “temos
que aproveitar o tempo na universidade, pois isso é que vai fazer diferença
depois”.
A palestrante que também já trabalhou com produção e redação nos sites
hagah e Guia da Semana do Grupo RBS, conta que foi na assessoria que descobriu
o prazer em trabalhar. “Eu queria conhecer o outro lado do balcão. Eu era a
jornalista que recebia releases, ligações de assessores, e eu queria saber como
era”.
Durante a palestra, Ariela explicou sobre como funciona o plano
editorial (pré, durante e pós-evento), cronograma, orçamento, prestação de
contas entre outros itens que fazem parte de sua rotina. “Flexibilidade para
lidar com diversas áreas é um grande desafio na assessoria”. Para Ariela, o assessor
tem que entender como funciona a imprensa, o ritmo dela, como se chega no
jornalista, qual é a hora do fechamento, para quem deve ser mandado determinado
material e assim por diante.
Ariela falou sobre os desafios da carreira de assessor |
Entre os muitos mitos que existem na carreira, ela falou que o assessor
não deixa de ser repórter, pois ele também vai à rua atrás de pautas e produz a
matéria, a diferença é que no final ele entrega a reportagem ao repórter de
redação. Classificar o assessor de imprensa
como segurança de artista é outro mito. Neste caso ela explicou que se deve
tomar muito cuidado para não querer aparecer mais do que o artista e
principalmente de não tratar mal os jornalistas.
Outro mito desmistificado foi de que para trabalhar em assessoria
cultural tem que ter QI. “É uma construção. A gente tem que pensar muito em
como está construindo o nosso currículo e ter foco”.
Segundo Ariela, quem trabalha em assessoria também precisa entender de
legislação e cálculos, pois eles vão ser úteis na hora de fazer o orçamento e a
prestação de contas, que por muitas vezes é o que vai garantir a continuação do
evento.
Quando questionada pelos acadêmicos sobre a importância do uso das redes
sociais, ela falou que elas são uma complementaridade, e que apesar de serem
incríveis requerem muito cuidado e planejamento. “O plano de comunicação tem
que ser mais detalhado, não adianta dizer que vai botar um release no facebook.
Do meu plano editorial tem que ser especificado o que vai para rede social, e o
que fica só lá”.
O professor Santuario finalizou a palestra lembrando que Ariela sempre
enquanto acadêmica teve muito foco na cultura. “Eu vejo ela como uma projeção
de vocês, cada um de vocês pode sim trabalhar no que deseja, desde que vá atrás
disso e se prepare para isso”.
Karine Brandt
Acadêmica do 6º semestre de Jornalismo
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