segunda-feira, 29 de abril de 2013

Resenha Homem de Ferro 3



Em 2008 a Marvel Studios deu o seu primeiro e maior passo para se consolidar como um estúdio de sucesso: lançou o filme Homem de Ferro. O longa fazia parte de um audacioso plano que envolvia uma série de filmes, todos adaptações de histórias em quadrinhos. Após ver os estúdios da Fox e Sony tendo sucesso com os X-Men e Homem-Aranha, respectivamente, a Marvel viu que era hora de apostar nos heróis das quais ainda dispunha direitos autorais. Vale destacar aqui, que em um momento de crise no final dos anos 90, a Marvel, para se salvar, optou por vender os direitos cinematográficos de “nichos heroicos” como o do Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, X-Men, Justiceiro, Demolidor e outros.

Com a primeira etapa sendo um sucesso, os filmes seguintes foram surgindo e repetindo as bilheterias lucrativas. Homem de Ferro 1 e 2, O incrível Hulk, Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador, foram os filmes que culminaram no lançamento de Vingadores, em maio de 2012. A iniciativa da Marvel Studios de realizar filmes conectados deu tão certo, que Vingadores é atualmente a terceira maior bilheteria do cinema mundial, perdendo apenas para Avatar e Titanic.

Bom, mas e Homem de Ferro 3? O filme nasceu e vive em todo esse contexto citado acima. Tudo aquilo que tornou os filmes da franquia Marvel um sucesso, se fazem presentes neste filme. O humor, marca registrada de Robert Downey Jr., que vive Tony Stark, o protagonista do filme, tem presença garantida. Não tem quem saia da sala de cinema e não passe bons momentos relembrando as piadas e tiradas do ator. Ben Kingsley, que vive o temível vilão Mandarim, surpreende em uma reviravolta da trama, que contribui para o enriquecimento da história.


Homem de Ferro 3 é muito mais do que um filme de herói, é um filme humano que trata da vida do herói. Os coadjuvantes, que por vezes foram jogados para escanteio nos filmes anteriores, recebem seu lugar ao sol e mesmo em cenas curtas, mostram o porquê de estarem no longa. Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) abandona o cargo de secretaria das Indústrias Stark, para comandar muito mais do que a empresa. Happy Hogan (Jon Favreau), ganha mais espaço nesta produção e conquista os telespectadores em suas cenas pedindo o crachá. Já James Rhodes (Don Cheadle) finalmente encanta interpretando o grande amigo de Tony Stark e transmite uma amizade orgânica entre os personagens. Guy Pearce, como o vilão Aldrich Killian, também merece ser destacado. Sem uma grande divulgação, e nem participando das premieres do filme, o ator surpreendeu, tendo uma participação bem maior do que o esperado.

Mas a revelação desta terceira parte foi o jovem Harley, interpretado pelo garoto Ty Simpkins. Um personagem inexistente nas histórias em quadrinhos, mas que se relacionou muito bem com Downey Jr. e já se candidata a aparecer mais vezes no futuro. Ao final, Homem de Ferro 3 é o filme mais humano da franquia. Mas não deixe essa frase te levar a crer que trata-se de um longa sério. É uma produção de ação com comédia, ao melhor estilo Homem de Ferro. Ao melhor estilo Robert Downey Jr..

Marcos Heck
Acadêmico de 2° semestre

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