É chegado o tempo de
celebrar a Páscoa, uma festividade que tem diferentes costumes e sentidos ao
redor do mundo. Para acentuar essas peculiaridades
que envolvem a data, o intercambista mexicano Rodrigo Martinez Barajas aponta os
costumes de seu país em contraste com o olhar da acadêmica de jornalismo
Eduarda Neves que fala sobre a festividade no Brasil.
A comemoração criada para
celebrar a ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa, originada do hebraico
Pessach e que significa Passagem, é uma das principais datas do calendário
cristão. Sua data é móvel, pois foi criada a partir do calendário Judeu, criado
com base nas fases da lua.
A Páscoa brasileira começa a
ser preparada na quarta-feira de cinzas, logo após o Carnaval, onde começa a
Quaresma, um período de reflexão e renovação espiritual. O quadragésimo dia
deste período é o Domingo de Ramos, que relembra a entrada de Jesus em
Jerusalém, onde foi recebido com aclamações e ramos de palmeiras, e é também o início
da Semana Santa. Segunda, Terça e Quarta-Feira são dias pouco cultuados pelos
cristãos que, na Quinta-Feira, celebram a última ceia de Jesus. Na Sexta-feira
cultua-se a morte de Jesus, dia em que não se pode comer nenhum tipo de carne
animal, exceto o peixe, e em que muitas pessoas procuram jejuar. No Sábado de
Aleluia, celebra-se a espera, onde a Igreja fica em vigília e espera a volta de
seu Cristo. O Domingo de Páscoa é o ápice da Semana Santa, onde se comemora a
ressurreição de Jesus, seu retorno do mundo dos mortos. Esta data é estendida
por mais 50 dias, até o Domingo de Pentecostes.
Outra tradição é o
fechamento das ruas para as encenações da Paixão e Morte de Cristo, na
Sexta-Feira, e também o ato de “Malhar o Judas”, onde grupos de pessoas batem e
põe fogo em um boneco que representa Judas Iscariotes, o apóstolo que levou
Jesus para a morte por 30 moedas de ouro. No Brasil, a maior cultura pascal
popular são os ovos de páscoa e a tradição do coelho. Crianças montam ninhos,
com cestas ou sacos, e esperam a entrega de suas guloseimas e de seus ovos de
chocolate.
No México, a Páscoa também é
a principal festa cristã, que tem o seu início nos primeiros 40 dias da Quaresma, e
representa o momento em que Jesus viveu no deserto.
A Quaresma termina com o
Domingo de Ramos, para abrir caminho para a semana mais importante, com o
primeiro evento, "A Última Ceia", onde Jesus convive pela última vez
com seus discípulos e é aprendido.
Como um segundo evento
realizado na sexta-feira, testemunhando o que é a paixão e morte de Jesus, se
tem uma tradição no México de fazer a representação do percurso que ele fez
para o Calvário, representado por membros do templo da comunidade. A principal encenação
tem lugar na Cidade do México no Iztapalapa, cuja peculiaridade é a apresentação
idêntica a que Jesus viveu antes de morrer.
Dentro desse dia antes da
celebração, o templo é encarregado por remover tudo do altar, com panos brancos
cobrindo as tabelas e imagens para deixar o local com um aspecto de luto.
No dia seguinte, ele executa
o que é chamado de Sábado Santo, que é habitual para as pessoas para se molhar
nas ruas, como um sinal de alegria que Jesus ressuscitou. Na celebração
eucarística é realizada, que é a iluminação do novo fogo, bem como a celebração
da ressurreição vinda de Jesus por pessoas que estouram balões e soando sinos várias
vezes.
Agora, para o que acontece o
domingo, a celebração se destina a informar e refletir sobre o que é ressurreição,
a fim de fazer alguma mudança nas pessoas.
Cabe mencionar que nesta
semana, em todo o México muitos grupos missioneiros vão a varias cidades do
país para celebrar a Páscoa e ensinar diferentes oficinas às pessoas.
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