Eduardo Kalsing, 23
anos, é acadêmico de Publicidade e Propaganda da Feevale e vocalista e guitarrista
da banda hamburguense Voraz, que está na estrada desde 2010. Estando no
circuito de bandas da região, Kalsing percebeu a necessidade de um meio que
pudesse divulgar e levar a música feita aqui para diferentes lugares através da
internet. Foi assim que surgiu a página Rock do Sinos, no Facebook, um canal de
informações que ergue a bandeira da cena musical do Vale do Sinos.
No ar desde agosto de
2012, a página conta com cerca de 430 curtidas e a parceria de bandas que
procuram divulgar seu som. “Eu queria poder divulgar a minha banda para outras
pessoas além da nossa página própria e que outros grupos também tivessem
esse espaço”, explica o músico. Com posts frequentes sobre cerca de 20 bandas e
promoções, a Rock do Sinos busca propagar o trabalho de bandas autorais que têm
pouco espaço em relação a bandas covers na região. “As bandas covers têm mais
espaço porque o contratante sabe que as pessoas gostam realmente das músicas
que a banda vai tocar. Sabem que vai ter público, esse que vai trazer retorno
financeiro. Uma banda autoral, que não é conhecida por um grande público e que
muitas vezes conta com aparelhagem de baixa qualidade nos pubs e afins, não
traz "segurança" para o contratante”, diz Kalsing.
Eduardo Kalsing em show da Voraz |
Entre os problemas que
as bandas andam enfrentando, segundo Kalsing, estão a presença de uma
certa “preguiça” do público em conhecer novas músicas e não haver união entre
as bandas. “Falta um ‘movimento’, algo novo. Envolve toda uma questão cultural,
social... O punk, o metal, o grunge, etc, foram movimentos que cresceram por
envolverem essas questões... Eram formas de afrontar o padrão social. Hoje, o
rap tomou o lugar do rock nesse quesito. Não que as pessoas tenham deixado de
curtir rock (só vermos o imenso público de Rock in Rio e SWU, por exemplo). Não
que esteja tudo OK no Brasil, mas a gurizada parece que ‘cansou de ser rebelde’”.
Para o músico, uma das formas de a música, especialmente o Rock, na região
crescer é a união dos artistas. “Independente se a tua banda é de Hardcore e a
minha é de Metal, por exemplo, todos somos de uma mesma vertente: o Rock. Por
que crescer sozinho, se os outros também tem condições pra isso? Não gosto de
Sertanejo Universitário, mas tá aí um estilo que prova que a união faz a coisa
acontecer".
Nesse contexto, a
página atrai amantes do Rock feito em terras gaúchas e acaba levando os fãs aos
shows das bandas. “A Rock do Sinos contribui pra mostrar que as bandas locais
estão ‘se puxando’, estão correndo atrás, lançando novas músicas, CDs,
videoclipes, se esforçando pra chegar lá. A intenção é criar uma ‘cena’ Rock do
Sinos”, conclui Kalsing.
Quem quiser divulgar
seu som deve mandar e-mail para sinosrock@gmail.com.
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