quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Rock do Sinos



Eduardo Kalsing, 23 anos, é acadêmico de Publicidade e Propaganda da Feevale e vocalista e guitarrista da banda hamburguense Voraz, que está na estrada desde 2010. Estando no circuito de bandas da região, Kalsing percebeu a necessidade de um meio que pudesse divulgar e levar a música feita aqui para diferentes lugares através da internet. Foi assim que surgiu a página Rock do Sinos, no Facebook, um canal de informações que ergue a bandeira da cena musical do Vale do Sinos.

No ar desde agosto de 2012, a página conta com cerca de 430 curtidas e a parceria de bandas que procuram divulgar seu som. “Eu queria poder divulgar a minha banda para outras pessoas além da nossa página própria e que outros grupos também tivessem esse espaço”, explica o músico. Com posts frequentes sobre cerca de 20 bandas e promoções, a Rock do Sinos busca propagar o trabalho de bandas autorais que têm pouco espaço em relação a bandas covers na região. “As bandas covers têm mais espaço porque o contratante sabe que as pessoas gostam realmente das músicas que a banda vai tocar. Sabem que vai ter público, esse que vai trazer retorno financeiro. Uma banda autoral, que não é conhecida por um grande público e que muitas vezes conta com aparelhagem de baixa qualidade nos pubs e afins, não traz "segurança" para o contratante”, diz Kalsing.

Eduardo Kalsing em show da Voraz
Entre os problemas que as bandas andam enfrentando, segundo Kalsing, estão a presença de uma certa “preguiça” do público em conhecer novas músicas e não haver união entre as bandas. “Falta um ‘movimento’, algo novo. Envolve toda uma questão cultural, social... O punk, o metal, o grunge, etc, foram movimentos que cresceram por envolverem essas questões... Eram formas de afrontar o padrão social. Hoje, o rap tomou o lugar do rock nesse quesito. Não que as pessoas tenham deixado de curtir rock (só vermos o imenso público de Rock in Rio e SWU, por exemplo). Não que esteja tudo OK no Brasil, mas a gurizada parece que ‘cansou de ser rebelde’”. Para o músico, uma das formas de a música, especialmente o Rock, na região crescer é a união dos artistas. “Independente se a tua banda é de Hardcore e a minha é de Metal, por exemplo, todos somos de uma mesma vertente: o Rock. Por que crescer sozinho, se os outros também tem condições pra isso? Não gosto de Sertanejo Universitário, mas tá aí um estilo que prova que a união faz a coisa acontecer".

Nesse contexto, a página atrai amantes do Rock feito em terras gaúchas e acaba levando os fãs aos shows das bandas. “A Rock do Sinos contribui pra mostrar que as bandas locais estão ‘se puxando’, estão correndo atrás, lançando novas músicas, CDs, videoclipes, se esforçando pra chegar lá. A intenção é criar uma ‘cena’ Rock do Sinos”, conclui Kalsing.

Quem quiser divulgar seu som deve mandar e-mail para sinosrock@gmail.com.

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