Ao longo de toda esta semana foi comemorada a semana da consciência negra. A comemoração tem origem no ano de 1695, quando Zumbi dos Palmares, escravo negro representante da rua raça, morreu defendendo seus ideais.
Um retrato de Zumbi dos Palmares |
A história de Zumbi é um exemplo e marco para a raça afro-brasileira. Filho de guerreiros angolanos, nasceu em 1655, ainda jovem foi capturado em um quilombo (local onde ficam escravos refugiados) e entregue ao padre Antonio Melo, que o criou e o batizou de Francisco. Aos 12 anos, já tinha algum conhecimento do português e do latim e aos 15 fugiu e voltou ao quilombo, onde se tornou um dos maiores líderes do Quilombo dos Palmares. Ganhou então o nome de Zumbi, que significa "a força do espirito presente".
Uma característica distinta do Quilombo dos Palmares é que além de abrigar negros, também abrigava mestiços extorquidos pelos colonizadores, brancos pobres e índios e tinha uma população de 20 mil pessoas. Em 1964, a mando dos colonizadores que pretendia expandir a colonia, Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista, partiu junto de 9 mil homens armados na missão de capturar Zumbi. No dia 20 de novembro de 1965, o maior líder do Quilombo dos Palmares foi capturado e assassinado. É em memória deste grande ícone do Brasil, que comemora-se nesta data o Dia da Consciência Negra.
Atualmente a escravidão é crime e toda a população brasileira possui direitos iguais. Entretanto, Raquel da Silva, ainda possui uma grande história de vida, como vocês podem ver clicando aqui.
A artista plástica, que estuda Artes Visuais aqui na Universidade Feevale, costuma retratar em suas obras muitas vezes a figura do negro, e em entrevista, ela contou como surgiu essa tendência. "Eu comecei a escurecer as minhas telas, então eu descobri que queria pintar negros. Eu gosto de elevar a minha raça linda e mostrar que o negro também é bonito, assim como todas pessoas de todas as raças", revelou a artista.
Um marco na valorização da cultura afro-brasileira foi a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2013, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. Quanto a esta lei, Raquel foi só elogios. Porém, quanto a comemoração do dia 20 de novembro, a estudante foi enfática. "Ela não precisaria existir caso as pessoas se respeitassem".
Bernadete, mãe de Raquel, Raquel e a professora Mirian Zimmer Soares, junto a obra premiada |
Com prêmios pelo Brasil inteiro e até fora dele, Raquel da Silva recebeu recentemente o Prêmio Agente Jovem da Cultura: Diálogos e Ações Interculturais, do Ministério da Cultura, pelo projeto "O Som das Cores". Acauana, símbolo da integração racial da Escola Estadual Firmino Acauan, de São Leopoldo, foi pintada no muro da escola pela artista e ela aponta que desde que a obra foi feita, no dia 21 de maio deste ano, o muro não foi mais pichado. O prêmio recebido do governo foi de R$ 9.00,00, para ela desenvolver seu trabalho com as escolas e a comunidade. Com a satisfação de uma vencedora, Raquel finalizou a entrevista contando o bem que consegue fazer com os pincéis. "O dinheiro que ganhei será usado para seguir com meu trabalho junto aos jovens e crianças. Vejo todos os dias que eles hoje são melhores do que ontem, isto me deixa muito feliz com meu trabalho".
Caso queira conhecer mais da história da Raquel ou contratar os seus serviços, acesse o site dela clicando aqui.
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