Na última semana o blues perdeu um de seus ícones, o cérebro
de B.B. King foi parando em pequenos acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Por
causa de uma diabetes tipo 2 o músico norte americano reconhecido, que fez do blues
sua vida, morre aos 89 anos deixando alguns filhos, dezenas de netos e centenas
de acordes que inspiraram gerações de instrumentistas.
Riley Ben King nasceu em 16 de setembro de 1925, nas
fazendas de algodão do Mississipi, sua infância como de toda negritude da época
foi difícil, aos sete anos depois da morte de sua mãe, trabalhou na colheita de
algodão para ajudar seus avós, por quem foi criado.
Ilustração: Kenmeyerjr |
O pequeno príncipe do Mississipi produzia então seus próprios
instrumentos, e nos campos de algodão, com o passar do tempo, vive cada acorde
até levar sua música a ilustres e suntuosos hotéis frequentados pela nobreza e
ser reconhecido como rei do Blues em todo mundo.
Aos 9 anos ainda com influência da música gospel faz sua
primeira apresentação na rádio Wdia. Interpretando e compondo permeou por
gerações tradicionais do blues, na juventude incentivado por nomes reconhecidos
na época como Bukka White, Sonny Boy Willimsom quando fazia das esquinas e dos
bares seu palco.
Cantando a bondade em músicas como Blues Man e os conflitos
da noite como na clássica Lucille. Fazia com que a forma blueseira consagrada, de
estrofes em três versos, com doze compassos transcendessem além da ronquidão de
sua voz, os sentimentos que B.B. King tirava de sua guitarra fazia sua plateia delirar.
A explosão de sua carreira ocorreu nos anos 50 quando fazia
mais de 300 apresentações anuais, os inúmeros álbuns que gravou lhe renderam 16
prêmios Grammy e apresentações históricas em festivais como em Montreux em
1993.
A genialidade de suas seis cordas o fizeram inspirar instrumentistas
considerados ícones como Eric Clapton e músicos de sua geração como Muddy
Waters e Bud Guy.Felipe Scheibe, acadêmico 5º semestre da Universidade Feevale
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