segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Werner Schünemann. Jurado, ator e cineasta.

Werner Eduardo Schünemann, ator e cineasta, já atuou em diversas novelas e filmes. Aos 55 anos, o Porto Alegrense criado em Novo Hamburgo, é jurado na categoria de Longas-Metragens nacionais da 42ª edição do Festival Internacional de Cinema de Gramado. Sua relação com o evento é antiga, começou na década de 70 como organizador do evento e, desde lá, participou de diversas edições do Festival.

Werner Schünemann, jurado da categoria Longas-metragens Nacionais,
em entrevista à Rafael da Roza. (Foto: Christine Bahia/Feevale)
Em entrevista concedida para o Blog Refúgio da Foca, o ator e cineasta gaúcho disse que, “o fato de morar fora do Estado, não tira o Rio Grande do Sul da gente.” Discorreu, ainda, sobre sua carreira de ator, dizendo que, antes de aceitar o papel de Bento Gonçalves na minissérie A Casa das Sete Mulheres, havia recusado outros trabalhos porque “nenhum era tão legal quanto o do General da Revolução Farroupilha.”

Perguntado sobre os filmes em exibição no Festival deste ano, Werner falou que a qualidade dos filmes é excelente e que vão para um outro viés do cinema nacional, saindo da comédia que acontece na zona sul do Rio de Janeiro que, segundo ele, “são filmes muito bons, têm de ser feitos, mas estávamos com uma visão monofásica.” Continuando a dissertar sobre os filmes, o ator ainda falou que “isso destaca a multiplicidade do Brasil e, a Brasilidade que todo mundo fala, não existe. O Brasil é feito de múltiplos. A Brasilidade é o fato de sermos diferentes uns dos outros. E acho, inclusive, que essa é a contribuição que o Brasil tem para dar para o resto do Planeta.” Segundo Werner, a Curadoria foi muito feliz na escolha dos filmes e que, segundo foi passado para o jurado, foi difícil escolher os filmes que participam desta edição pois todos os inscritos eram muito bons.

Sobre a economia dos filmes nacionais e do cinema em geral, Werner falou: “A distribuição dos filmes não é mais para a Sala de Cinema, para 3 milhões de espectadores. O cinema ainda deixa de lado o chamado mercado secundário, as Tv’s à cabo e a Internet. O cara que faz o filme espera tanto num mês e ganha milhões, mas um ano depois ele ganha 5 vezes mais milhões com a venda para televisão. Até para patrocinadores, não está se levando em conta o mercado potencial de milhões de pessoas.”
Werner Schünemann ainda falou que o mercado de seriados nacionais independentes cresce cada vez mais e a possibilidade de filmes virarem séries é iminente no mercado atual.



Rafael da Roza, Acadêmico do 4º Semestre da Universidade Feevale.

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