Iniciada em 2008, a série televisiva Breaking Bad foi ano a ano se consolidando como uma das maiores produções da TV norte-americana. Seu mote principal era Walter White (Bryan Cranston), um professor de química em uma escola de ensino médio que ao ser diagnosticado com câncer terminal, investe seu conhecimento na produção de metanfetamina e mergulha de cabeça no mundo do tráfico de drogas.
Se você ainda não assistiu o último capítulo da série, ou pretende um dia acompanhar o programa, pare a sua leitura aqui.
Quando se apresenta a sinopse de Breaking Bad aos amigos, uma tarefa nada fácil é convencê-los a dar uma chance a série. Mas os primeiros 15 minutos do episódio piloto já convencem até os mais céticos a investirem seu tempo "no programa do carinha com câncer".
O roteiro foi um dos grandes destaques das 5 temporadas. O protagonista, que começou com uma personalidade pacata, passiva e calma, terminou ensandecido, sedento por poder. Walter ser o vilão e o eixo principal da história deixou muitas vezes os telespectadores com o coração na mão. Nós entendemos suas motivações, compreendemos o seu drama. Então como torcer contra?
Mas nem só de protagonistas vive Breaking Bad. Jesse Pinkman (Aaron Paul) roubou por diversas vezes a cena. Um ex-aluno de Walter, que já estava no mundo das drogas, foi marcado pela ignorância e a facilidade com que era manipulado. Skyler White (Anna Gunn) foi crescendo a cada temporada, a esposa do ex-professor de química se envolveu de tal forma com as decisões ilegais do marido, que esteve por vezes próxima de um colapso. A irmã de Skyler, Marie Schrader (Betsy Brandt) e seu esposo, Hank Schrader (Dean Norris) também marcaram sua presença ao longo dos 5 anos. Ela foi a tia cleptomaníaca e ele o tio policial da narcóticos de Walter White Jr. (RJ Mitte), um adolescente com problemas de locomoção devido a uma paralisia infantil.
Com todo esse elenco, agregado a diversos outros personagens que pipocaram entre as temporadas, o roteiro impar, que deu espaço para todo mundo e uma estética visual marcante e única, Breaking Bad conquistou o seu grande público. Para se ter uma ideia, o episódio final, que foi ao ar pelo canal AMC no último domingo, contou com 10,3 milhões de TVs sintonizadas no programa.
Foi pela internet que a produção se disseminou e alcançou a atual popularidade. Pelo Facebook, Edvando Tertuliano, 33 anos, trabalha na Caixa Federal em São Paulo e se disse satisfeito com o desfecho da série. "E Breaking Bad chegou ao fim, de maneira épica, firmando sua posição no meu TOP 3 de séries favoritas e em primeiro lugar como drama. Que episódio sensacional, que maneira genial de amarrar tudo, que formas sensacionais de recompensar seus fãs", contou.
Outro telespectador que olhou o último capítulo e teve as expectativas alcançadas com o que assistiu foi Misael Lima, 26 anos, Jornalista no Jornal NH. "O final de Breaking Bad foi para mostrar que uma série pode manter um nível de qualidade excelente por seis anos e ainda te surpreender em uma despedida de fazer o espectador urrar de alegria", avaliou.
Este ano no Emmy Awards 2013 (o Oscar da TV norte-americana) Breaking Bad faturou 2 prêmios. O de melhor série de drama e Anna Gunn o de melhor atriz em série de drama. Mas ano que vem a produção volta a competir, com a quinta temporada do programa.
Kinhu Heck
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