Caco Motta na Universidade Feevale |
A segunda noite da Semana Acadêmica da Comunicação foi aberta
pelo coordenador de esportes da RBS TV, Caco da Motta. Em bate papo alegre e
descontraído com os estudantes, o jornalista falou a história do jornalismo
esportivo na televisão e fez projeções para o futuro no segmento.
A oficina foi centrada no tema “A reportagem esportiva na Era
Google” e nela Caco buscou demonstrar as necessidades e os desafios encontrados
em uma época marcada pelo fácil acesso à informação.
No encontro, Caco mostrou o vídeo da abertura da transmissão
do jogo entre Brasil e Nova Zelândia, realizada pela rede Globo durante a Copa
do Mundo de Futebol de 1982. Com base neste vídeo, Motta falou sobre as
transformações no jornalismo esportivo, começando pelo fato de que em 1982 as
transmissões iniciavam com a imagem e a voz dos repórteres, porém, como as
tecnologias eram pouco avançadas, havia certa demora dos narradores ao iniciar
suas falas e este fator causava constrangimentos. No modelo utilizado atualmente,
a TV apresenta imagens do evento e apenas a voz do narrador ou repórter ao fundo,
no início da transmissão.
Motta mostra como foi a cobertura na final do Gauchão |
Segundo o jornalista, a maior mudança ocorrida ao longo dos últimos
30 anos se caracteriza pelo avanço da tecnologia utilizada. Entre os anos de
1982 e 2002 as ferramentas não sofreram grandes variações, exceto pela evolução
de sua tecnologia. Porém, durante a última década (2003-2013), a ideia de
trabalho com multiplataformas tem se tornado cada vez mais comum, o que é o
caso da RBS TV, que concilia imagens em alta definição e imagens amadoras,
conta histórias factuais agregadas à ficção e une entretenimento e informação.
Para Caco da Motta, a base da reportagem esportiva é um bom texto, criativo,
dinâmico e que desperte o interesse de quem assiste.
Motta finalizou a oficina falando sobre as necessidades do
jornalismo televisivo em um futuro próximo. Em seu ponto de vista, os
investimentos deverão ser focados na interatividade com o público, em imagens
em terceira dimensão (3D) e na união da televisão com uma segunda tela, seja
ela de tablets, computadores ou smartphones, de forma que o conteúdo
apresentado em determinada reportagem, ou programa, possa ser consumido ao mesmo tempo em dois
dispositivos diferentes.
Eduarda Neves
Acadêmica do 1º semestre de jornalismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário