quarta-feira, 8 de maio de 2013

Caco da Motta ministra oficina na Semana Acadêmica

Caco Motta na Universidade Feevale

A segunda noite da Semana Acadêmica da Comunicação foi aberta pelo coordenador de esportes da RBS TV, Caco da Motta. Em bate papo alegre e descontraído com os estudantes, o jornalista falou a história do jornalismo esportivo na televisão e fez projeções para o futuro no segmento.
 
A oficina foi centrada no tema “A reportagem esportiva na Era Google” e nela Caco buscou demonstrar as necessidades e os desafios encontrados em uma época marcada pelo fácil acesso à informação.
 
No encontro, Caco mostrou o vídeo da abertura da transmissão do jogo entre Brasil e Nova Zelândia, realizada pela rede Globo durante a Copa do Mundo de Futebol de 1982. Com base neste vídeo, Motta falou sobre as transformações no jornalismo esportivo, começando pelo fato de que em 1982 as transmissões iniciavam com a imagem e a voz dos repórteres, porém, como as tecnologias eram pouco avançadas, havia certa demora dos narradores ao iniciar suas falas e este fator causava constrangimentos. No modelo utilizado atualmente, a TV apresenta imagens do evento e apenas a voz do narrador ou repórter ao fundo, no início da transmissão.
Motta mostra como foi a cobertura na final do Gauchão
 
Segundo o jornalista, a maior mudança ocorrida ao longo dos últimos 30 anos se caracteriza pelo avanço da tecnologia utilizada. Entre os anos de 1982 e 2002 as ferramentas não sofreram grandes variações, exceto pela evolução de sua tecnologia. Porém, durante a última década (2003-2013), a ideia de trabalho com multiplataformas tem se tornado cada vez mais comum, o que é o caso da RBS TV, que concilia imagens em alta definição e imagens amadoras, conta histórias factuais agregadas à ficção e une entretenimento e informação. Para Caco da Motta, a base da reportagem esportiva é um bom texto, criativo, dinâmico e que desperte o interesse de quem assiste.
Motta finalizou a oficina falando sobre as necessidades do jornalismo televisivo em um futuro próximo. Em seu ponto de vista, os investimentos deverão ser focados na interatividade com o público, em imagens em terceira dimensão (3D) e na união da televisão com uma segunda tela, seja ela de tablets, computadores ou smartphones, de forma que o conteúdo apresentado em determinada reportagem, ou programa,  possa ser consumido ao mesmo tempo em dois dispositivos diferentes.

Eduarda Neves                      
Acadêmica do 1º semestre de jornalismo

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