terça-feira, 9 de abril de 2013

Mobilidade em duas rodas


Utilizada em diversos países europeus como principal meio de transporte, a bicicleta para os brasileiros ainda tem muitos paradigmas para romper. E ciclovias a serem construídas até adquirir-se o hábito de usá-las para o mesmo fim.

Na Bélgica, por exemplo, os ciclistas tem prioridade no trânsito e podem até mesmo andar lado-a-lado. Além disso, é proibido, por Lei, buzinar para ciclistas e ultrapassá-los oferecendo algum perigo. Lá o clima não é desculpa, adolescentes vão e voltam da escola com suas bicicletas durante todo o ano letivo, mesmo nos dias mais frios ou chuvosos. A Holanda também se destaca quando o assunto é bicicletas, pois, apenas na capital Amsterdã, são mais de 400km de ciclovia. Já no Brasil, totalizamos atualmente 600km de ciclovias, com projetos para ampliação e construção de novos trechos específicos para ciclistas.

Famosa pela prática esportiva e meio de transporte para deslocamentos de curta distância, também está se popularizando para quem quer viajar de forma sustentável, saudável e com a possibilidade de contemplar as mais belas paisagens. Algumas empresas de turismo oferecem pacotes que incluem passeios ciclísticos, guiados ou não, e com hotéis durante o trajeto. Para quem não tem “bike”, mas gostaria de pedalar, o aluguel de bicicletas é uma alternativa muito comum em diversos países e já existe em diversas cidades brasileiras, dentre elas Gramado e Porto Alegre.

Para várias pessoas, este veículo de duas rodas não motorizado representa muito mais do que uma opção para locomoção. É o caso de Márcio Bischoff, ciclista que desde 2010 tem a bicicleta como grande companheira em aventuras e viagens. “Quando fui morar na Espanha, comprei um mountain bike. Hoje não me vejo mais sem pedalar”, conta. No início, Bischoff afirma que era “uma maneira de fazer alguma coisa mais, de ocupar o tempo” e se exercitar, mas logo percebeu quantas possibilidades apareceram ao começar a pedalar. Uma delas foi o convite para ser um dos administradores da página Vou de Bike, no Facebook, e a partir daí conheceu ciclistas com tanto gosto pela coisa quanto ele. Bischoff diz que sempre incentiva o pessoal a andar, “como é uma influência positiva, não me importo de ficar convidando”.

Já para Jairo Luis Bradbury, bicicleta, além de hobby, virou trabalho. Dono da Danda Bike, loja especializada em bicicletas em Novo Hamburgo, aberta desde 1996, Bradbury fala que havia um espaço no mercado a ser explorado e tinha muito a crescer, por isso decidiu investir no ramo. Desde sua abertura, a loja reunia amigos para andar, agora são passeios ciclísticos maiores, bem organizados e divulgados. “Compra uma bike e vai andar. Curtir o Sol, sentir a natureza, conhecer lugares”, sugere.

Com tantos benefícios a oferecer, o número de adeptos ao ciclismo tem crescido cada vez mais, aumentando a necessidade de ciclovias. Na Europa, o projeto EuroVelo pretende concluir, até 2020, a construção de 14 grandes Rotas de Bikes, que passarão por todo continente, nos 70.000km de ciclovias. Em Brasília, a meta é chegar aos 600km de vias exclusivas para bicicletas até 2014 e em Porto Alegre, aos 50km, mas os planos da capital gaúcha são de 495km sem data estipulada para conclusão.

No Vale do Sinos, Sapiranga e Campo Bom são exemplos muito lembrados ao falar sobre bicicletas. A primeira pelos mais de 40.000 ciclistas, sendo que o município possui em torno de 75.000 habitantes, e a segunda por ser a cidade pioneira na construção de ciclovias na América do Sul, contando com 21km de extensão.
Fonte: Ciclosinos

Leia mais:

Se liga aí nos equipamentos básicos para andar de bike com conforto segurança:
- Capacete
- Luvas
- Sapato de segurança (pode ser um tênis confortável)
- Bermuda de ciclismo (pode ser uma adequada a práticas esportivas)


Thábata Mariani
Acadêmica do 1º semestre de Jornalismo

Um comentário:

  1. Bela matéria! Espero que as pessoas se animem ao lê-la e virem adeptas também.Parabéns!

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