Utilizada em diversos países europeus como
principal meio de transporte, a bicicleta para os brasileiros ainda tem muitos paradigmas
para romper. E ciclovias a serem construídas até adquirir-se o hábito de
usá-las para o mesmo fim.
Na Bélgica, por exemplo, os ciclistas tem
prioridade no trânsito e podem até mesmo andar lado-a-lado. Além disso, é
proibido, por Lei, buzinar para ciclistas e ultrapassá-los oferecendo algum
perigo. Lá o clima não é desculpa, adolescentes vão e voltam da escola com suas
bicicletas durante todo o ano letivo, mesmo nos dias mais frios ou chuvosos. A
Holanda também se destaca quando o assunto é bicicletas, pois, apenas na capital
Amsterdã, são mais de 400km de ciclovia. Já no Brasil, totalizamos atualmente
600km de ciclovias, com projetos para ampliação e construção de novos trechos
específicos para ciclistas.
Famosa pela prática esportiva e meio de
transporte para deslocamentos de curta distância, também está se popularizando
para quem quer viajar de forma sustentável, saudável e com a possibilidade de
contemplar as mais belas paisagens. Algumas empresas de turismo oferecem
pacotes que incluem passeios ciclísticos, guiados ou não, e com hotéis durante
o trajeto. Para quem não tem “bike”, mas gostaria de pedalar, o aluguel de
bicicletas é uma alternativa muito comum em diversos países e já existe em
diversas cidades brasileiras, dentre elas Gramado e Porto Alegre.
Para várias pessoas, este veículo de duas rodas
não motorizado representa muito mais do que uma opção para locomoção. É o caso
de Márcio Bischoff, ciclista que desde 2010 tem a bicicleta como grande
companheira em aventuras e viagens. “Quando fui morar na Espanha, comprei um
mountain bike. Hoje não me vejo mais sem pedalar”, conta. No início, Bischoff
afirma que era “uma maneira de fazer alguma coisa mais, de ocupar o tempo” e se
exercitar, mas logo percebeu quantas possibilidades apareceram ao começar a
pedalar. Uma delas foi o convite para ser um dos administradores da página Vou
de Bike, no Facebook, e a partir daí conheceu ciclistas com tanto gosto pela
coisa quanto ele. Bischoff diz que sempre incentiva o pessoal a andar, “como é
uma influência positiva, não me importo de ficar convidando”.
Já para Jairo Luis Bradbury, bicicleta, além de hobby,
virou trabalho. Dono da Danda Bike, loja especializada em bicicletas em Novo
Hamburgo, aberta desde 1996, Bradbury fala que havia um espaço no mercado a ser
explorado e tinha muito a crescer, por isso decidiu investir no ramo. Desde sua
abertura, a loja reunia amigos para andar, agora são passeios ciclísticos
maiores, bem organizados e divulgados. “Compra uma bike e vai andar. Curtir o
Sol, sentir a natureza, conhecer lugares”, sugere.
Com tantos benefícios a oferecer, o número de
adeptos ao ciclismo tem crescido cada vez mais, aumentando a necessidade de
ciclovias. Na Europa, o projeto EuroVelo pretende concluir, até 2020, a
construção de 14 grandes Rotas de Bikes, que passarão por todo continente, nos
70.000km de ciclovias. Em Brasília, a meta é chegar aos 600km de vias
exclusivas para bicicletas até 2014 e em Porto Alegre, aos 50km, mas os planos
da capital gaúcha são de 495km sem data estipulada para conclusão.
No Vale do Sinos, Sapiranga e Campo Bom são
exemplos muito lembrados ao falar sobre bicicletas. A primeira pelos mais de
40.000 ciclistas, sendo que o município possui em torno de 75.000 habitantes, e
a segunda por ser a cidade pioneira na construção de ciclovias na América do
Sul, contando com 21km de extensão.
Leia mais:
Se liga aí nos equipamentos básicos para andar de
bike com conforto segurança:
- Capacete
- Luvas
- Sapato de segurança (pode ser um tênis confortável)
- Bermuda de ciclismo (pode ser uma adequada a
práticas esportivas)
Thábata Mariani
Acadêmica do 1º semestre de Jornalismo
Bela matéria! Espero que as pessoas se animem ao lê-la e virem adeptas também.Parabéns!
ResponderExcluir