terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A incrível revolução contra ditaduras no Oriente Médio


Tudo começou no dia 17 de dezembro de 2010, quando o jovem tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo em sinal de protesto contra o governo. O que causou uma grande revolta popular que culminou com a renúncia do presidente Zine al-Abidine Ben Ali, que estava no cargo desde 1987, em janeiro. Como deu certo na Tunísia, as pessoas de outros países do Oriente Médio que vivem sob regimes ditatoriais, passaram a se rebelar exigindo a saída imediata de seus presidentes.
Entre as revoltas, a que teve maior repercussão foi a do Egito. Foram 18 dias de protestos contra o presidente Hosni Mubarak, que estava no cargo há 30 anos. Foi uma enorme revolta popular, milhares de pessoas protestando juntas contra um regime autoritário e anti-democrático. A pressão foi gigantesca, fazendo com que a renúncia tornasse inevitável em 11 de fevereiro.
A onda de protestos continuou pelos países árabes. Argélia, Iêmen, Jordânia, Irã e Marrocos estão convivendo com esses protestos atualmente. Bahrein e Líbia estão convivendo com os protestos mais graves. No Bahrein, a revolta é contra a monarquia sunita, que dá menos direitos aos xiitas que são inclusive discriminados. A onda de protestos no Bahrein, culminou com o cancelamento do GP do Bahrein na Fórmula 1, que seria dia 13 de março. Na Líbia, os protestos são mais violentos contra o ditador Muammar Kadafi, que governa o país há 42 anos. Há estimativa de que mais de 200 pessoas morreram naquele país, mas como a imprensa internacional é contida, esse número pode ser ainda maior. O presidente afirmou ontem (21) que não vai sair do poder, e que pode até ocorrer uma guerra civil se os protestos continuarem.
Definitivamente, o povo cansou de ditaduras corruptas que não ajudam em nada seus países. Já que as grandes potências mundiais vivem regimes democráticos valorizando os direitos humanos das pessoas. Em alguns lugares, essas revoltas populares já deram certo. Nos países onde os protestos continuam espera-se que não haja a desistência das pessoas em fazer uma revolução pacífica. A importância é para não ocorrer nenhum conflito armado com esses protestos, pois se isso acontecer, ao invés de uma revolta popular, pode gerar uma guerra civil.

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