Mário Verdi |
Durante a noite, Verdi apresentou à numerosa plateia exemplos de cidades e locais com acumulo de outdoors, banners, cartazes, pichações e grafites. "Nosso cérebro é treinado para decifrar códigos, começando pelo alfabeto. As cores e os caracteres dos elementos de comunicação visual são códigos que nossa visão periférica capta e nosso cérebro tenta desvendar ininterruptamente. Quando chegamos cansados e até irritados no fim do dia, parte da responsabilidade é desta explosão de códigos espalhados pelas cidades", disse o palestrante.
Público lotou o auditório à espera da palestra |
Para Mário, a saúde, a segurança no trânsito e a degradação do ambiente são os três principais pontos das consequência causadas pela poluição visual. Segundo ele, os números de acidentes de trânsito aumentam significativamente em pontos ocupados por alta cota de outdoors.
Uma das pesquisas apresentadas aponta que a extensão dos elementos de comunicação visual espalhados por Porto Alegre é de cerca de 350.000 m², o equivalente ao tamanho do Parque da Redenção. As estimativas indicam que entre 50% e 70% destes materiais infringem a legislação existente.
"O Quero Ver Porto Alegre surtiu efeito, muitas das áreas que antes eram completamente poluídas já foram limpas. E o projeto tem seguidores em outras cidades, como em Lajeado, por exemplo", contou o designer. Ao fim da Aula Magna, Mário Verdi abriu espaço para questionamentos de alunos e professores que lotaram o auditório do prédio branco, onde respondeu a perguntas sobre sua participação na luta pela limpeza visual de grandes cidades, como Foz do Iguaçu, no Paraná.
Eduarda Neves
Acadêmica do 3º semestre de Jornalismo
Eduarda Neves
Acadêmica do 3º semestre de Jornalismo
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