O Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul (Intercom Sul) representa uma instância regional do maior encontro entre escolas de comunicação na América Latina. Este ano, a Universidade de Santa Cruz do Sul sedia o evento entre os dias 30 de maio e 1º de junho. O trabalho de preparação, que começou no primeiro semestre de 2012, se intensifica ainda mais com a proximidade do congresso. O coordenador executivo do Intercom Sul, Demétrio de Azeredo Soster, revela quais são as expectativas e os principais movimentos que cercam o congresso. Ele tua na coordenação executiva juntamente com as professoras Fabiana Pereira e Yhevelin Guerin.
- Professor Demétrio, quais foram as principais ações desenvolvidas até o momento e quem está envolvido na preparação do Intercom Sul?
Nós estamos trabalhando intensamente desde o ano passado e são inúmeras as ações que realizamos. O primeiro grande passo foi a Missão Chapecó. No final de maio e início de junho do ano passado, fomos até a Unochapecó, em Santa Catarina, acompanhar de perto o Intercom Sul 2012 e com isso aprender. Após, fizemos reuniões setoriais as mais diversas, com professores, alunos, funcionários, pró-reitores, reitor e assessoria de comunicação. Enfim, com todos os órgãos da Unisc no sentido de formatar o Intercom Sul 2013. Eu estive em Fortaleza, no Intercom do ano passado, para poder compreender melhor o que é o congresso. A gente vem trabalhando há um ano ou mais para dar conta do evento.
Nesta quarta-feira, 24, houve uma das últimas coletivas para ver o que ainda falta para dar conta do congresso. O Intercom Sul tem uma estrutura organizacional complexa. Envolve, grosso modo, não só o curso, mas professores, alunos, funcionários, e toda a Unisc. Na cabeça do congresso somos eu, as professoras Yhevelin Guerin e a Fabiana Pereira como coordenadores executivos. Depois, há professores cuidando das Divisões Temáticas (DT), do Intercom Júnior, das oficinas e minicursos, da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) e dos lançamentos. Certamente, no âmbito da Unisc, temos mais de 200 pessoas envolvidas no Intercom Sul. Há em torno de 600 pessoas no curso, então cerca de 30% delas estão envolvidas. Todas as pró-reitorias também participam, pois designaram funcionários para acompanhar nossas ações e nos auxiliam no que for necessário para viabilizar o evento.
- Depois de tantos preparativos, o que as pessoas que virão à Unisc e à Santa Cruz do Sul podem esperar nos três dias de evento?
O melhor que podemos oferecer. Esse é o terceiro congresso do curso de Comunicação Social e o maior da sua história. Antes dele realizamos, em 2011, o Encontro Gaúcho de Ensino de Jornalismo (EGEJ) e o Fórum Sul-Brasileiro de Professores de Jornalismo. Em janeiro de 2012, o 2º Colóquio das Agências Experimentais de Comunicação. Esses dois reuniram em torno de 300 pessoas cada um.
Agora, com base nesse conhecimento, estamos nos preparando para o maior deles. Trabalhamos, ao máximo, para fazer com que o congresso esteja bem organizado estruturalmente e logisticamente, possibilitando, assim, que as pessoas sejam bem-recebidas e estejam bem instaladas. E que o congresso tenha uma qualidade científica bastante relevante, no sentido de gerar boas discussões.
- Para o curso de Comunicação Social, será o maior congresso já realizado. E para a Unisc, o que isso significa sediar o evento?
O Intercom Sul é um congresso que dialoga com três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nesses, com cerca de 100 escolas de comunicação, representados por cerca de 2,5 mil pessoas. Em um momento muito imediato, a imagem da Unisc passa a ter uma representatividade reforçada junto a toda região Sul, frisando que o Intercom não vai para locais onde não haja legitimidade e reconhecimento.
Além do âmbito regional, estamos falando da Intercom, ou seja, de uma instância em nível nacional e de América do Sul. Em Fortaleza, no ano passado, por exemplo, durante o evento nacional, averiguaram o andamento dos congressos regionais. Quando chegou a vez de falar do Sul e da Unisc, disseram que não há preocupação com a região e a universidade, porque já existia a certeza prévia de que este será um grande congresso. O que isso significa? Entre outros, que alcançamos, para bem além de nossas fronteiras, uma respeitabilidade importante, e que é decorrência de todas as ações que professores, alunos e funcionários têm realizado desde há muito. E isso diz respeito, e muito, aos congressos que sediamos, caso do Intercom.
- A expectativa, então, é receber em torno de 2,5 mil pessoas. Quais os principais desafios de organizar um congresso desse porte?
São muitos os desafios. O mais imediato é a logística. Nós temos 60 salas de aulas reservadas e esses espaços precisam dar conta de Intercom Júnior, Divisões Temáticas, Expocom, oficinas, minicursos e lançamentos, que são as instâncias do congresso. Temos painéis, cada um composto por duas pessoas e mais um mediador, que serão realizados em espaços públicos, ou seja, Anfiteatro, Auditório Central, sala 5328, sala 101, sala 108 e por aí afora. É necessário dar conta de trazer esse povo, de conseguir espaço para tudo. É preciso pensar onde as pessoas estarão hospedadas. Para tanto, há uma agência de turismo receptivo, a Cirass, que está trabalhando conosco. Até agora, 700 pessoas já reservaram as suas vagas em hotéis. E esse número cresce todos os dias.
Também precisamos pensar que o congresso recebe estudantes de graduação e muitos não tem dinheiro para hotel. Então vamos fazer o acampamento para a juventude, no Parque da Oktoberfest, destinado a 200 pessoas, aproximadamente. Também é preciso pensar em transporte, com as empresas de ônibus locais e táxis, especialmente para o feriado do dia 30 de maio. Ainda é necessário pensar na alimentação, no funcionamento dos restaurantes. Existem muitos desafios. Por fim, a Intercom não arca com a estadia das pessoas que vêm ministrar oficinas e minicursos, então precisamos contar com a compreensão delas. Temos, por exemplo, um palestrante que vem do México, o Jesus Galindo Cáceres.
- Até o dia 20 de abril, o Intercom Sul havia contabilizado 1.745 inscrições. Das cinco regiões do País, o maior número. Quase mil a mais do que a região Centro-Oeste, em segundo lugar. A que você atribui essa adesão?
Nada é casual. Tem a ver com a realização de outros dois congressos, que já falei anteriormente, e com a participação de professores e alunos da Unisc em congressos, mostras competitivas, prêmios no Set Universitário e na Expocom, a visibilidade do curso, a publicação de livros, a representatividade de professores em entidades nacionais, o diálogo grande com outros mercados e academias. É a compreensão de que comunicação não se faz nos bastidores, mas no diálogo com a sociedade, e que é preciso trabalhar isso desde a sala de aula.
Com isso, criam-se imagens, expectativas e muito mais. Hoje, o curso de Comunicação Social da Unisc é conhecido no País inteiro, não apenas na Região Sul. O Brasil inteiro sabe quem somos em decorrência desses fatores. Paralelo a isso, existe um grande trabalho de divulgação das nossas ações. Há muita força nos movimentos para que o Intercom Sul seja conhecido. Contribui também o fato de a Unisc estar localizada na região Centro do Estado, facilitando o acesso para todos os lados, além de uma presença muito forte de escolas de comunicação no Sul.
- Com a proximidade do evento, quais são as últimas ações?
Vamos começar a instrumentalizar as salas, ver se estão todas equipadas ou conferir o que está faltando. E, claro, esperar pelo dia 30 de maio. Agora falta, em termos de fluxo de trabalho, o último grande passo, que é a montagem da secretaria, e essa tem a ver com o final das inscrições para o Intercom Sul. Eu diria, com muita tranquilidade, que o congresso está pronto. Ainda haverá algumas reuniões pontuais, com a proximidade do evento. Depois é fazer acontecer.
Para mais informações sobre o congresso, acesse hipermidia.unisc.br/intercomsul2013.
Caso queria baixar o áudio da entrevista, clique aqui.
Na foto está: Professores Yhevelin Guerin,
(Foto: Andressa Bandeira/Agência A4)
Produção, locução e edição: Marília Gehrke/ Agência A4.
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