quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Criança na mídia em debate



Destacando o tema “Consumo e Cultura Infantil”, aconteceu ontem por volta das 19h30min, no Salão de Atos, do Campus II da Feevale, o Seminário Criança na Mídia, que reuniu cerca de 500 alunos e professores da Universidade. A professora Saraí Schmidt, destacou a importância de ter participado como organizadora do evento. “Organizar a Mesa-Redonda foi uma tarefa prazerosa e desafiadora”, confessa emocionada. 
Saraí
De acordo com a professora Marta Oliveira dos Santos, que também auxiliou na organização do seminário, o assunto abordado nos debates é de extrema importância para a sociedade. “É um tema emergente, tendo em vista a forma como a mídia aborda a imagem da criança nos últimos tempos”, destaca Marta. “O objetivo é de promover e discutir com a sociedade esse assunto que é tão relevante”, completa Saraí.
É preciso que a comunidade reflita sobre o cenário da criança nos meios de comunicação. “Não basta falar, precisamos contribuir para mudanças”, ressalta a Pró-reitora de Extensão e Assuntos comunitários Gladis Luísa Baptista, que também marcou presença no local.

Seminário atraiu os alunos
Segundo a pesquisa do Instituto Alana, as crianças brasileiras são as que mais assistem à televisão no mundo. Elas passam quase cinco horas do dia em frente às telas. Com isso, 35% dos baixinhos estão com sobrepeso e 15% estão com obesidade infantil. Baseado nesses aspectos foi mostrado o documentário “Criança, a alma do negócio”, que mostrava meninos bastante interessados em aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, e as meninas aderindo à maquiagem e salto alto, ambos deixando de lado as brincadeiras de infância.
O que preocupa também são as propagandas incluindo a imagem das crianças, que trazem solicitações como “Só falta você” ou “Peça para a mamãe comprar”. Conforme o Diretor de Criação da Agência Dez Comunicação Saul Duque: - “Os apelos são excessivamente agressivos para com as crianças”, exclama.


“Antes de trabalhar com a infância, é preciso conhecê-la”

A Jornalista e professora da Universidade do Vale dos Sinos Thais Furtado, que trabalha com jornalismo infantil destaca: - “antes de trabalhar com a infância, é preciso conhecê-la”, afirma. “A criança que pede esmolas nas ruas, não é a mesma daquela que aparece nos comerciais de TV, são infâncias diferentes”, compara Thais. 
De acordo com a pesquisa realizada por um canal infantil de TV a cabo, um estudo feito com 3.750 crianças da América Latina, sendo 750 brasileiras, revelou que 92% das crianças usam a Internet para se divertir. Até mesmo nas redes sociais, são os jogos o que elas procuram. Após os debates, o espaço foi aberto ao público para perguntas.


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