Na noite desta terça-feira, 13 de setembro por volta das 20h45min, a Universidade Feevale foi palco do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Estância do Cotiporã, de Ivoti, uma das atrações da 4ª Ronda Farroupilha. O grupo trouxe para o público universitário, danças tradicionalistas como “xote carreirinha” e a “dança do pézinho”, que chamou a atenção dos acadêmicos na área coberta do campus dois.
Júlia Mangold |
Nos dias de hoje, a cultura tradicionalista, como chimarrão e danças gauchescas, não estão sendo mais preservada como antigamente, porém há jovens que não abrem mão desses costumes. Esse é o caso da estudante de Farmácia Júlia Mangold, de 20 anos, que visitou a Ronda Farroupilha pela primeira vez para acompanhar o namorado Matheus Herzer que dança no CTG.
Apesar das culturas estarem sendo arrastadas pelo tempo, ainda há pessoas que cultivam as tradições, como a Júlia que não abre mão do seu chimarrão. “É importante cultivar uma cultura que vem de gerações”, exclama a jovem segurando a cuia e a garrafa térmica.
O CTG como um ícone de resistência da cultura gaúcha
Com o passar dos anos é menos comum ver pelas ruas, em plena Semana Farroupilha, homens com bombacha e mulheres com vestidos de prenda e uma flor no cabelo. A tradição que vem passando de geração em geração vem se perdendo. Segundo o Professor Humberto Ivan Keske em uma época de globalização em que as culturas são todas iguais, é possível manter núcleos de resistência como os CTG’s. “É uma forma de revigorar nos jovens as tradições gaúchas, as quais muitas vezes enxergam como algo brega e chato”, aponta.
De acordo com Keske, nas cidades do interior do Estado a cultura predomina de forma mais intensa, pois a sociedade é mais unida e, nas cidades grandes a tradição está sendo vista apenas como um folclore.
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