A Seleção Brasileira está fora da Copa América. Humilhantemente, o Brasil foi derrotado, nos pênaltis, para o Paraguai por 2 a 0, após um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Depois de 120 minutos com a pressão da Seleção Brasileira, inacreditavelmente o Brasil desperdiçou quatro cobranças de pênalti, e não acertou nenhuma, sendo eliminado da forma mais absurda de todos os tempos.
O Brasil começou pressionando, permanecendo com a posse de bola e não deixando os adversários livres para contra-atacar. A Seleção tinha 58% de posse de bola, mas até os 25 minutos, poucas chances boas de gol o time de Mano Menezes teve.
A primeira grande chance brasileira saiu aos 27 minutos, Robinho se infiltrou na área adversária e passou para Neymar, que estava livre para marcar, mas desperdiçou sua chance isolando o chute. Aos 32, André Santos cruzou em uma falta pela esquerda para Lúcio, que chutou em cima do goleiro. Aos 39, o lateral esquerdo brasileiro quase marcou invadindo a área adversária, mas chutou alto. O primeiro tempo encerrou sem gols para os dois lados.
O segundo tempo começou melhor que o primeiro para o Brasil, mas a Seleção pecava na falta de gols. Logo aos três minutos, Neymar chutou em cima da zaga. Aos cinco, Pato, pela direita, bateu cruzado, mas nenhum brasileiro estava no lance para empurrar para o gol. Aos 21, Ganso bateu em cima do goleiro, após receber um ótimo passe de Lúcio. Aos 27, outra boa chance com Pato, que chutou forte mas a bola bateu em Villar. O Brasil insistia mas o gol custava para sair. O camisa 9 do Brasil tentou denovo aos 37 do segundo tempo, aparecendo livre para marcar o gol, mas novamente Villar saltou para a defesa, o atacante do Milan tentou denovo de cabeça, mas a bola saiu para escanteio.
O tempo passava e a tensão continuava, pois com a igualdade no placar, o jogo iria para a prorrogação. Aos 38, Fred mandou a cabeçada para o gol, mas o zagueiro paraguaio tirou a bola de cima da linha. Não tinha jeito. Haveriam mais 30 minutos de tensão. O árbitro argentino Sérgio Pezzotta deu três minutos de acréscimo, mas não foram suficientes para o Brasil marcar o gol salvador. A prorrogação foi inevitável.
No tempo extra, a pressão diminuiu. Aos cinco minutos da primeira etapa, Pato cruzou para a área, mas o goleiro Villar fez mais uma defesa. Para aumentar a tensão, Alcaráz manda uma entrada dura em Lucas Leiva, que revida, iniciando uma confusão que culminou com a expulsão dos dois jogadores.
No segundo tempo, não houve muitos lances de perigo. E os pênaltis já eram certeza. Quem assustou foi o Paraguai com Valdez, aos 13 minutos, chutando perigosamente contra o gol brasileiro. No último instante da prorrogação, Barreto quase marcou de cabeça, mas o goleiro Júlio César afastou. O drama aumentava, e tudo dependeria dos pênaltis.
Aí que a tragédia acontece. Elano é o primeiro a bater e isola seu chute, numa cobrança mais alta que o chute de Baggio na final da Copa do Mundo de 94. O alívio momentâneo foi que Barreto também perdeu, chutando para fora. Mas o desastre piorou. Thiago Silva bateu o segundo pênalti e o goleiro Villar defendeu, e o Paraguai marcou seu gol com Estigbarrilla. André Santos isolou sua cobrança também, num chute tão terrível quanto o de Elano. Pelo lado Paraguaio, Riveros acertou o seu pênalti. Como golpe de misericórdia, Fred foi o último a bater e também desperdiçou seu pênalti, batendo para fora. A Seleção volta para casa de forma humilhante.
Brasil 0 (0)x 0 (2) Paraguai
Brasil: Julio César, Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso (Lucas) e Robinho; Neymar (Fred) e Alexandre Pato (Elano). Técnico: Mano Menezes
Paraguai: Villar, Verón, Paulo da Silva, Alcaraz e Torres (Marecos); Vera (Barreto), Riveros, Cáceres e Estigarribia; Valdez e Barrios. Técnico: Gerrardo Martino
Nos pênaltis: Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred perderam para o Brasil; Barreto perdeu, e Estigbarribia e Riveros marcaram para o Paraguai.
Cartões amarelos: Maicon, André Santos (BRA) e Marecos (PAR);
Cartões vermelhos: Lucas Leiva (BRA) e Alcaráz (PAR)
Árbitro: Sérgio Pezzotta (ARG). Auxiliado por: Ricardo Casas (ARG) e Efraín Castro (BOL)
Estádio: Ciudad La Plata, em La Plata, Argentina
Foto: AFP
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